segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

O brinquedo e o brincar



Os brinquedos contam um pouco da história da humanidade,
seu desenvolvimento, descobertas, valores, formas de vida, trabalho,
lazer, costumes, artes, contribuindo com as interações sociais
e ampliando a visão de mundo, entre outros fatores importantes.

Mas, afinal, o que é um brinquedo? Um brinquedo é um objeto,
tanto instrumental quanto fantasioso, ou ainda uma atividade lúdica.

Segundo o Novo Dicionário da Língua Portuguesa, brinquedo
é todo “objeto que serve para as crianças brincarem”,
é “divertimento”, “passatempo”, “brincadeira”, “folguedo”.

Para Tizuko Kishimoto, professora titular da Faculdade de Educação da USP
e especialista no assunto, brinquedo, no aspecto material e imaterial,
é qualquer objeto (industrializado, sucata, uma voz, uma ideia)
utilizado como algo que se destina ao brincar,
que se torna um suporte para uma ação lúdica.

O brinquedo é de vital importância para a criança por propiciar
o desenvolvimento simbólico, estimulando a imaginação;
criando oportunidades de socialização; capacidade de raciocínio e autoestima.

Vale salientar que há educadores e estudiosos que questionam a utilização
de brinquedos como recurso didático para ensinar conteúdos,
comportamentos e valores, por abolir a brincadeira
e determinar situações de aprendizado (OLIVEIRA, 1989).

Por outro lado, o brinquedo e outras atividades lúdicas são defendidos pela
maioria dos pensadores e estudiosos da Psicologia e da Educação (FROEBEL, 2002;
VIGOTSKY, 2009; PIAGET, 1978), como excelentes recursos para observação dos
interesses e ações da criança, ressaltando a importância que têm no processo
de aprendizagem e socialização.

Na realidade, uma teoria não anula a outra, pois permitem dialogar
entre si e com outras mais.
O ideal é extrair o que elas têm de mais eficaz,
evitando estabelecer fronteiras entre o brinquedo e o brincar.

Da mesma forma que a criança precisa de momentos livres,
sem a interferência do adulto e sem a intenção de aprender
conteúdos específicos, é importante que tenha atividades
direcionadas e supervisionadas, seja no ambiente familiar ou escolar.
Para tanto, é necessário bom senso, permitindo-lhe vivenciar
cada um desses momentos.
Ambos são importantes e mediando-se as situações,
não haverá necessidade de radicalizá-las.

E você? Já tinha refletido sobre isso?

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